sábado, 22 de setembro de 2012

Suazilândia

Atravessando a fronteira entre Moçambique e a Suazilândia, saímos da Namaacha e damos por nós na Lomahasha. Para quem está de passagem, esta localidade não passa de um feio aglomerado  de construções  onde abundam mercearias e talhos, comercio muito útil para quem passa a fronteira a pé procurando por mantimentos que escasseiam deste lado. 
A partir daqui seguimos pela estrada MR3 que atravessa o País e cerca de 200km mais à frente nos liga à África do Sul. Pelo caminho que sobe a cordilheira dos Libombos vamos apreciando grandes vales, montanhas e pastagens, até chegarmos a um planalto onde atravessamos uma enorme plantação de cana de açúcar e respectiva refinaria. Quando acabam as canas de açucar surge um "portão"; é aí que começa o Real Parque Nacional de Hlane. Foi uma encantadora surpresa: logo à entrada deparamos com uma numerosa família de babuínos atravessando a estrada com muita calma e "abancando" na berma para nos ver passar. E eis que uma outra família nos esperava um pouco mais à frente: As girafas. Ali estavam elas,mesmo ao lado da estrada nacional a saborear as flores e folhas que despontam das árvores com as recentes chuvadas. Irresistível parar e fotografar. Como se não bastasse, um pouco mais à frente, lá estavam dois elefantes meio escondidos pelo capim e de onde aonde uma gazela saltitando. Sem dúvida um belo cartão de visita de um pequeno País situado no interior de África, com belas paisagens de montanha, cidades ordenadas e população amistosa. 












quinta-feira, 30 de agosto de 2012

LAGOA DE BILENE

Bilene: grande lagoa com ligação ao mar. Local muito aprazível com enorme extensão de areias brancas convidando à contemplação às caminhadas e aos desportos náuticos.
Beneficiando da relativa proximidade da capital, cerca de 200 km de Maputo por boas estradas, na velha estância turística e pelos caminhos entre as dunas que rodeiam a lagoa,  podemos encontrar alojamentos e restaurantes muito recomendáveis. 









terça-feira, 14 de agosto de 2012

FOGO



A ventania rodeia-nos num turbilhão. O fumo entra pelas frinchas das janelas carregado de fuligem e poeira. Ardem os olhos e custa-nos respirar.  É domingo de manhã e a energia eléctrica foi-se embora depois de várias vezes ameaçar a sua retirada sem prazo para regressar. Estamos nos Montes Libombos mas poderíamos estar noutro local qualquer do país ou até do continente. Quando a época seca está no seu auge e ainda se sentem as noites frescas é que ocorrem as queimadas, a que nós europeus chamamos incêndios, quase todas provocadas pela mão humana, seja deliberadamente seja por descuido. Transformam a paisagem castanha cheia de capim seco em campos nus cobertos de um manto negro e pontuados pelas fortes árvores que conseguem sobreviver. Depois da queimada extinta é a vez dos carvoeiros percorrerem os campos cortando e recolhendo a madeira que sobrou para rechearem os seus fornos de carvão. Num País em que a esmagadora maioria da população depende da lenha e do carvão para a confecção dos seus alimentos quase ficamos tentados a compreender estes actos não fossem as tágicas consequências humanas,  sociais, económicas e ambientais que provocam.
Passados alguns dias a paisagem surpreende-nos novamente: onde eram só negro e desolação eis que despontam manchas de um verde fluorescente cheio de energia. A terra absorve toda a humidade que a noite traz e fica ali a conservar as energias espreitando as primeiras chuvas.  Com as chuvas virão o calor, as folhas, as flores, os frutos, os bichos, o capim, as sementeiras e a vida. De que mais precisamos nós? 



sexta-feira, 27 de julho de 2012

UM PASSEIO ATÉ QUINGA

Distando 200Km em estradão de terra batida desde Nampula e 150km desde Monapo, vamos encontrar a localidade de Quinga situada no alto de uma enorme duna e avistando o mar lá no horizonte.
Descendo a duna e atravessando o antigo aeródromo coberto de alto capim e que só os habitantes locais sabem da existência, vamos encontrar as lagoas que formam o mangal.
Subindo outra duna e voltando a descer em direcção ao mar, deliciamo-nos com a magnifica paisagem de praia a que já nos vamos habituando em Moçambique mas mesmo assim nos espanta sempre. Desta vez é a grandiosa Mongicual. Uma fantástica extensão de dunas de areia branca, rias e mangais que partem da Lunga, ao sul da Ilha de Moçambique, e continuam para sul até até se perderem de vista.


Um bar no Liupo

 No mercado do Liupo
 Pescando no mangal de Quinga
 o mangal
 A caminho da praia
 Família Feliz na praia
 a praia dos pescadores
 O mar, a duna e a ria, como nos postais....
 a ria e a praia dos pescadores
 A praça central da Vila de Quinga
 Lagoas de nenúfares junto da estrada
 Refrescando
Bomba de gasolina no Liupo

terça-feira, 3 de abril de 2012

MUSSURIL


Mussuril é uma pequena Vila situada na província de Nampula. Dá o seu nome a uma baía protegida pela Ilha de Moçambique. Teve o seu auge por volta do sec.XVIII e principos de XIX quando a Ilha era a capital de Moçambique e servia de entreposto do comercio de escravos.
Neste momento é uma calma localidade, sede de Distrito, com recantos carregados de história.

 recém-inaugurada estátua de Eduardo Mondlane à entrada da Vila
a igreja 
 a baía
 A Rampa dos escravos
 Heranças...
Adminisstração
 as armas adormecidas
 A escola das novas gerações
 Casas coloniais restauradas
 Rotunda, ou talvez não...

Jardim com vista

sábado, 17 de março de 2012

PEMBA VISTA DO AR

Viajar de avião em Moçambique é assim mesmo: Deslumbramento atras de deslumbramento. A costa virada ao Indico com a sua água transparente deixando ver as areias brancas e conferindo-lhe aquele tom azul turquesa que se costuma ver nos postais dos paraísos turísticos.


A cidade muito bem arrumadinha e recortada pelas águas da entrada da baía

O aeroporto doutros tempos, muito simples e funcional.

 Para despedida, um pôr-do-sol atras das nuvens de chuva visto da janela do avião.